Videogames em moderação podem ser benéficos para a saúde mental, segundo pesquisas

 Videogames em moderação podem ser benéficos para a saúde mental, segundo pesquisas

Jogos eletrônicos em moderação são benéficos à saúde mental

Quando se pensa em videogame, muitos pensam nos consoles Nintendo ou PlayStation e seus icônicos jogos, como Super Mario Bros., God of War, Sonic e outros. No entanto, os jogos eletrônicos estão presentes nos mais diversos dispositivos, como: smartphones, tablets, Smart TVs e computadores. Tornando-os acessíveis para os mais diversos grupos de pessoas. Apesar disso, por muitos anos, os videogames foram alvo de debates entre políticos, cientistas e pais ou responsáveis devido aos conteúdos apresentados em determinados jogos.

Apesar dos debates acalorados sobre os jogos eletrônicos, estudos publicados pelas revistas Nature Human Behaviour, JMIR Serious Games, o periódico JAMA Pediatrics, a Universidade do Alabama (EUA) e outras fontes, mostram que os videogames podem ser benéficos para a saúde mental. Mas há um porém: as pesquisas apontam que tal forma de entretenimento deve ser utilizada de maneira moderada, principalmente entre as crianças e adolescentes, e não deve substituir acompanhamento psicológico de forma alguma.

De acordo com o estudo da revista Nature Human Behaviour, os videogames “podem melhorar a saúde mental e a satisfação com a vida em um amplo espectro de indivíduos”. O estudo aponta que os jogos podem ser usados como uma ferramenta para alívio de estresse ou até mesmo de controle de humor em determinados casos, pois proporcionam ligações sociais através de jogos cooperativos e sensação de realização ao completar desafios e fases.

Em crianças e adolescentes, os videogames apresentam resultados positivos no tratamento de depressão, ansiedade e Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), segundo pesquisa do periódico JAMA Pediatrics. Crianças com TDAH, por exemplo, respondiam melhor a jogos de corrida e esportes, pois estes exigiam que o jovem prestasse atenção em múltiplas atividades para ter sucesso no jogo.

No caso de crianças e adultos com depressão, de acordo com a revista JMIR Serious Games, jogos como Candy Crush e Angry Birds melhoram o humor do indivíduo, além de proporcionar motivação e prazer. Já em casos de ansiedade, jogos como Rayman e Mindnight auxiliam significativamente na redução dos níveis de ansiedade.

Não só isso, mas o estudo da JMIR Serious Games e de outros veículos apontam que os jogos eletrônicos podem ser benéficos no processo de socialização, melhoria do foco, memória de trabalho, cognição e regulação emocional, entre outros.

 

Moderação no centro de tudo

Apesar dos diversos benefícios que os videogames proporcionam à saúde mental, todos os estudos destacam que é essencial moderar o uso dos jogos. Segundo dados apresentados pela revista Nature Human Behaviour, não se deve jogar por mais de três horas por dia, caso contrário, os benefícios desaparecem.

De acordo com a pesquisa da JAMA Pediatrics, os jogos podem – e devem, em alguns casos – ser usados de maneira moderada durante o tratamento terapêutico dos jovens, contanto que o responsável administre o tempo de tela e não substitua o acompanhamento profissional pelo uso de jogos eletrônicos. Ainda segundo o estudo, os jogos eletrônicos são apenas uma das várias ferramentas para se utilizar no tratamento da saúde mental, juntamente com o acompanhamento profissional.

Pedro Ferro

Graduado em Jornalismo pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Cursando desenvolvimento de roteiro na Cásper Líbero. Jornalista, redator, editor de vídeos, podcaster.

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