Quatro anos depois, a pandemia do COVID-19 ainda deixa seus rastros e consequências. É um mundo novo, com demandas e necessidades diferentes. Economicamente falando, os empreendedores de pequeno e grande porte tiveram que remodelar a forma como levavam os negócios muito rapidamente e encontrar soluções simples e práticas.
Nesse contexto, surge o e-commerce, ou comércio eletrônico, com a promessa de facilitar e ampliar os processos de compra e que vem conquistando todo o tipo de público e tende a crescer muito mais. Segundo projeções da Abcomm Forecast, o faturamento das lojas virtuais no Brasil deve superar os 200 bilhões, com 90 milhões de compradores.
Apesar de ainda enfrentar dificuldades, esse novo estilo de comércio tem chegado com cada vez mais força dentro das periferias, além de alavancar os comércios locais e não locais e alcançar pessoas que antes não tinham acesso a tamanha variedade de produtos.
Uma pesquisa realizada pela Unidade de Inteligência (NÓS), junto da HSR Specialist Researchers aponta que 59% dos moradores de favelas fazem compras on-line, enquanto 93% dos compradores optam pela entrega em domicílio.
Representatividade Empreendedora
Não há como negar que a periferia detém uma força empreendedora singular, além de ser uma potência consumidora. Mas muito mais do que vender produtos, os empreendedores periféricos oferecem conceitos, representatividade e valores que vão além do dinheiro, gerando uma identificação maior com o público.
Um exemplo dessa representatividade empreendedora é Wagner Cerqueira, morador do Capão Redondo, periferia da Zona Sul de São Paulo. Co-fundador do grupo Rede de Profissionais Negros, atuante no equilíbrio da desigualdade no mercado de trabalho e em instituições de ensino e fundador da marca Identidade Negra.
Funcionando em formato virtual e-commerce, os produtos da marca giram em torno de uma ideia de consolidação e empoderamento da comunidade negra, do orgulho das suas origens e a representação na sociedade brasileira por meio da moda. A loja conta com instagram e site próprios.
A escolha do formato e-commerce foi uma decisão estratégica de expansão, para atingir um alcance a nível nacional, contando com um grande esforço contínuo de investimento em marketing digital.
Segundo Wagner, a missão da IDN é promover inclusão, diversidade e igualdade por meio de uma moda com qualidade, representatividade e identificação. O que a torna verdadeiramente especial é o compromisso inabalável em fazer a diferença, porque o poder da moda vai além das tendências e estilos, e tem o potencial de criar um impacto positivo e duradouro.
Além disso, a cada compra feita na Identidade Negra, uma parte dos lucros é revertida para ações sociais voltadas para a comunidade negra periférica. Essa iniciativa permite a contribuição para o desenvolvimento de pessoas em situação de vulnerabilidade, por meio de projetos sociais, capacitação profissional e outras causas sociais.
De quebrada pra quebrada, o crescimento econômico local é feito pelos próprios moradores, que são também idealizadores de sonhos em formato de empreendimentos. Eles tanto levam e apresentam a periferia para o mundo, quanto o trazem para um pouco mais pra perto dela.
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