Por Kleber Miranda
27/11/2024
O uso de aparelhos eletrônicos em escolas tem sido debatido no estado de São Paulo, e no último dia 12, um projeto de lei que proíbe o uso de celulares em instituições de ensino públicas e privadas foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Mas mesmo com esta proibição, o ensino público segue cada vez mais integrado com a tecnologia, integração apresentada no uso de tablets, notebooks e chromebooks nas salas de aula.
A Escola Irmã Gabriela com tecnologia
Keilla Marçal Pereira, coordenadora da Escola Estadual Irmã Gabriela Maria Elisabeth Wienkem em Osasco, diz que tanto os seus alunos quanto os professores receberam um kit multimídia com esses equipamentos, providenciados pelo governo do estado.
A professora que atua há 20 anos na rede estadual explica que hoje 40% da nota bimestral dos estudantes vem de atividades com uso da tecnologia, e que na escola em que trabalha – que atende o Fundamental II – a maioria dos jovens gosta do uso da tecnologia no ensino porque está integrado ao conteúdo curricular e facilita o aprendizado.
Neste novo formato de aulas, Keilla relata que os principais desafios a serem enfrentados são a falta de equipamentos para todos os alunos e a dificuldade dos professores de manusear os programas.
Desta forma, não é possível utilizar os aparelhos em todas as aulas, há a necessidade de agendamento para que possam ser desfrutados quando necessário.
Mas os educadores que não conseguem usar a tecnologia tem o apoio de professores do Projeto de Apoio a Tecnologia e Inovação (PROATEC), uma iniciativa do governo do estado com objetivo de incentivar e assegurar o uso das tecnologias educacionais.
Além disso, a coordenadora Keilla afirma que existem possibilidades de qualificações para os educadores na Escola de Formação dos Profissionais da Educação (EFAPE) e na diretoria da própria escola.
O que acompanha a modernidade
Keilla Marçal Pereira afirma que as tecnologias trazem a “qualidade no processo de aprendizagem… sempre visando a excelência acadêmica”. Ela explica que não há o conhecido EAD em sua escola, pois no fundamental II os conteúdos online são todos acessados em sala de aula.
A professora também citou a importância de uma escola modernizada no combate a evasão escolar. Ela diz que o número de alunos que largam a escola diminui, pois a escola se torna um local de acesso a internet para quem não tem em casa.
Mas apesar de considerar a escola este ponto de acesso, Keilla se pronuncia a favor do projeto de lei que proíbe o uso de celulares dentro das escolas.
“Disputamos atenção dos jovens com uso de celular…tem horas que perdemos!”, afirma a experiente educadora.
Ela espera que essa lei afete positivamente suas salas de aula, ao estimular o desejo de aprender do estudante enquanto ele se concentra na aula preparada pelo professor, assim fazendo com que “o aluno seja criativo e faça perguntas que favoreçam seu aprendizado”.
Atualizações a serem feitas
A coordenadora diz que tem planos para ampliação de rede e aumento da quantidade de equipamentos para a Escola Irmã Gabriela, mas destaca o principal ajuste a ser feito.
“De verdade, desejo que diminua um pouco as cobranças.. Porque está difícil trabalhar três plataformas dentro da mesma grade curricular, como é o caso da língua portuguesa, que tem redação, tarefas e leitura.. Imagina três plataformas com 6 aulas… infelizmente os professores não estão dando conta”, explica.
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