Sífilis volta a preocupar: previna-se!

Preservativos disponibilizados em estação de Trem. Foto: Rafaella Moutinho
Redação: Beatriz Sobral e Rafaella Moutinho – Estudantes de Jornalismo da ESPM
Os casos de sífilis vêm crescendo expressivamente no Brasil e preocupam autoridades públicas. De acordo com dados do Ministério da Saúde, de 2022 até 2024, a taxa de detecção da doença foi de 113,8 casos por 100 mil habitantes, a maior já registrada no Brasil. A contaminação ocorre sexualmente ou via transplacentária, e indicadores apontam que homens são mais afetados pela sífilis adquirida, enquanto a infecção congênita acomete majoritariamente mulheres grávidas.
A sífilis é causada pela bactéria Treponema Pallidum e se manifesta sob diversos estágios, podendo causar complicações neurológicas e cardiovasculares em adultos e malformações em fetos. A diminuição do uso de preservativos, especialmente entre jovens, e a falta de informação a respeito das ISTs são alguns dos fatores que explicam esses índices.
No Brasil, iniciativas como a Fique Sabendo promovem testagem rápida e gratuita para a doença, oferecendo diagnóstico precoce e tratamento adequado. A campanha, promovida pela Secretaria de Saúde de Osasco, reforça a importância das relações protegidas como principal método preventivo. Medidas como essa buscam reduzir a incidência da infecção.
Em nota para o Portal de Jornalismo da ESPM-SP, a Prefeitura de Osasco destaca a importância da educação sexual como estratégia de conscientização: “Uma pessoa pode ter sífilis e não saber. Isso porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo. Por isso, é importante se proteger, fazer o teste e, se a infecção for detectada, tratar da maneira correta”.
A administração municipal cita também um esforço para adaptar a comunicação do projeto para diferentes contextos — como as aulas de educação sexual nas escolas públicas, além das consultas de esclarecimento sobre ISTs e seus tratamentos nas Unidades Básicas de Saúde. Mas destaca a responsabilidade sexual individual e coletiva como o mais importante para a redução dos casos.