Reginaldo Fornaciari: a música como caminho de superação

43bc0ba6-77c7-480c-ad38-eae2d8005610-300x300 Reginaldo Fornaciari: a música como caminho de superação

(Reprodução: Reginaldo Fornaciari)

Reginaldo Fornaciari é um músico, maestro e musicoterapeuta que encontrou na música uma forma de se expressar e superar desafios. Diagnosticado com autismo aos 19 anos, ele percebeu o impacto que a música teve em sua vida e descobriu que poderia ajudar outras pessoas a enfrentar situações semelhantes.

Fornaciari conta que sempre gostou de música e que se dedicou ao piano durante seis anos. Depois, começou a estudar e hoje é especializado em musicoterapia. “Dentro dessa especialização, eu acabei indo para a área em que hoje atuo, que é a de maestro, regência e coral, dando aula nas escolas com alunos que possuem algum tipo de deficiência.”

Ele relembra que, antes de ser diagnosticado, a música era sua forma de se comunicar com o mundo: “Eu não falava. Então, a música entrou na minha vida por conta desse primeiro momento que o instrumento me posicionou. Como eu tinha estudado piano e feito conservatório,  os professores viram que eu tinha uma habilidade a mais, mesmo com essa questão da fala, um pouco atrasada. Eu sempre digo que a música me salvou. Foi por causa disso que também descobri esse outro lado, um elo entre a música e a terapia.”

Os desafios não foram fáceis. Contudo, ele ressalta o papel fundamental do apoio familiar em sua jornada, citando o pai como uma grande inspiração. “Meu pai sempre me apoiou, adorava me ver tocar, é minha inspiração em humildade e também ajudou a custear o meu tratamento, e isso abriu muitas portas para mim.”

Hoje, Reginaldo é um exemplo de resiliência. Ele dá aulas de música e participa de projetos, mostrando que a dedicação pode levar a superações significativas. “A música foi crucial para minha inserção social”, afirma, destacando como a arte o ajudou a encontrar seu lugar no mundo.

Além do trabalho educacional, Reginaldo também é um defensor da conscientização sobre o autismo. Ele fala abertamente sobre suas experiências, buscando desmistificar preconceitos e mostrar que cada pessoa é única. “Precisamos olhar para as pessoas com empatia. Cada um tem algo a oferecer.”

A trajetória de Reginaldo ilustra como a música pode ser uma luz em momentos difíceis. Ele continua impactando a vida de muitos com sua paixão e conhecimento, provando que a arte pode ser um caminho de transformação. “Hoje sou independente, moro sozinho e tenho a música como o meu trabalho. Eu espero inspirar outras pessoas e fazer com que a sociedade olhe para elas com mais carinho.”

Com sua história, Reginaldo inspira outros a acreditarem em si mesmos e a usarem suas habilidades para fazer a diferença no mundo.

Yasmin Silvestre

Sou estudante do 4º semestre de Jornalismo no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, com experiência em comunicação, marketing, gerenciamento de redes sociais e criação de conteúdo. Possuo formação complementar em edição de áudio e vídeo e conhecimento no pacote Adobe. Além disso, sou voluntária em uma outra ONG e realizei um projeto social em 2023. Sou interessada por causas sociais e projetos em favelas, com o objetivo de transformar a realidade das comunidades. Participar do Jornal A Borda é uma forma de dar voz a pessoas que vieram de onde vim, e, por isso, acredito que a comunicação pode transformar vidas e formar novas histórias.

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