Osasco sufoca: a poluição ameaça a saúde

Imagem gerada pela IA
Osasco enfrenta uma realidade sombria: a poluição do ar atingiu níveis alarmantes, transformando a cidade em um palco de riscos à saúde pública. Os dados são incontestáveis, e a névoa que paira sobre a cidade não é apenas uma questão ambiental, mas um grito de alerta para a saúde dos osasquenses.
Uma cidade sob a névoa tóxica:
O relatório da IQAir, um termômetro global da qualidade do ar, coloca Osasco em uma posição alarmante no cenário nacional. Isso porque a cidade figura entre as mais poluídas do Brasil, com índices que ultrapassam os limites de segurança estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Portanto, essa classificação não é apenas um número, mas um reflexo da urgência de medidas efetivas para reverter esse quadro.
Principais poluentes e fontes:
- Partículas finas (PM2.5):
Essas partículas são provenientes da queima de combustíveis fósseis, por exemplo as emitidas por veículos e indústrias. Elas são especialmente perigosas para a saúde, visto que podem penetrar profundamente nos pulmões e causar problemas respiratórios e cardiovasculares.
- Ozônio (O3):
O Ozônio é um gás presente na atmosfera. Quando se mistura com gases poluentes, como os de carros, ônibus, trens e indústrias, pode causar irritação nos olhos, nariz e garganta, além de piorar os problemas respiratórios como a asma.
- Fontes de poluição:
- Tráfego veicular: O grande número de veículos em Osasco contribui significativamente para a poluição do ar.
- Indústrias: A presença de indústrias na região também é uma fonte importante de poluentes.
- Queimadas: Em períodos de seca, as queimadas podem agravar a qualidade do ar.
Os efeitos na saúde
A poluição do ar não é apenas um problema ambiental, mas sim uma crise de saúde pública que afeta a todos, mas que castiga com mais força os mais vulneráveis. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias são os primeiros a sentir os efeitos nocivos dos poluentes. As doenças respiratórias, como asma, bronquite e rinite, tornam-se cada vez mais comuns, lotando os consultórios médicos e hospitais.
A poluição do ar não apenas aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como infarto, AVC, mas também o câncer de pulmão. E não podemos esquecer dos efeitos menos visíveis, porém graves, como irritação nos olhos, nariz, garganta, dores de cabeça e alergias.
Os hospitais e postos de saúde da cidade registram um aumento significativo no número de atendimentos relacionados a doenças respiratórias. Consequentemente as filas de espera se estendem, e os profissionais de saúde relatam a dificuldade em lidar com a crescente demanda. Contudo, a poluição do ar não apenas agrava as doenças respiratórias existentes, mas igualmente aumenta o risco de desenvolvimento de novas condições, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Além disso, a poluição do ar também afeta a saúde mental, contribuindo para o aumento dos casos de ansiedade e depressão. De acordo com estudos, a exposição a poluentes pode causar inflamação no cérebro, afetando o humor e o comportamento.
A saúde dos osasquenses em primeiro lugar
A poluição do ar em Osasco é uma crise de saúde pública que exige ação imediata. É fundamental que o governo, a indústria e a sociedade civil unam forças para buscar soluções. Nesse contexto, o investimento em transporte público de qualidade, a fiscalização rigorosa das indústrias e a ampliação das áreas verdes são medidas urgentes.

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https://aqicn.org/city/brazil/sao-paulo/osasco/pt/