Meditação na periferia: mentes calmas e vidas plenas

 Meditação na periferia: mentes calmas e vidas plenas

Meditação na periferia.

Matéria escrita por Thony Azevedo. Anthony.azevedo@ichca.ufal.br

Nesta matéria, exploraremos um fenômeno silencioso, porém, poderoso, que está ganhando destaque nas comunidades ao redor do mundo: a meditação. Essa prática ancestral promove a diminuição dos níveis de estresse e ansiedade e que está encontrando terreno fértil para florescer nas periferias. 

Conversamos com Emília Rodrigues, psicóloga dedicada com experiência na área clínica e do trabalho, que ofereceu informações sobre os impactos psicológicos da meditação nessas comunidades.

Benefícios da meditação

Para Emília, a meditação não é só relaxamento, mas também uma ferramenta poderosa para bem-estar mental em desafios periféricos. “A meditação pode ter um impacto significativo no bem-estar psicológico da população”, destaca. “É especialmente relevante a redução do estresse e ansiedade, comuns em comunidades onde as dificuldades socioeconômicas são predominantes.”

A prática regular reduz o estresse e fortalece a resiliência psicológica, auxiliando na abordagem equilibrada dos desafios diários. Emília ressalta que a meditação pode ser uma aliada poderosa na promoção da autoconsciência e autorregulação emocional, habilidades essenciais para lidar com as pressões cotidianas.

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Psicóloga Emília Rodrigues – Foto: Acervo Pessoal.

Bem-estar psicológico e a integração da meditação

“É importante reconhecer que a meditação não é a única solução para os problemas enfrentados pelas comunidades periféricas”, enfatiza Emília. “Precisamos abordar também os fatores estruturais e sistêmicos que contribuem para os desafios socioeconômicos e ambientais nessas áreas.” Ela destaca a importância de garantir acesso equitativo a recursos e oportunidades que promovam o bem-estar psicológico e social.

Ao integrar a meditação às abordagens terapêuticas tradicionais, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Terapia Comportamental Dialética (DBT), é possível potencializar os benefícios para a saúde mental e emocional dos residentes das periferias. Emília destaca que programas de redução de estresse baseados em mindfulness são especialmente eficazes para ensinar habilidades de meditação e estratégias de enfrentamento do estresse.

Conversando sobre como incorporar a meditação à vida das comunidades periféricas, Emília enfatiza a importância de oferecer programas acessíveis e culturalmente sensíveis, “Ao capacitar os moradores a incorporarem a meditação em suas vidas diárias, estamos dando-lhes uma ferramenta poderosa para melhorar sua saúde mental e bem-estar geral”, afirma.

Desafios e Soluções

No entanto, apesar de todos os seus benefícios, ainda há desafios a serem enfrentados. A falta de recursos e o acesso limitado a espaços adequados para a prática são algumas das barreiras que os grupos de meditação na periferia enfrentam. Além disso, os estigmas e preconceitos em relação à meditação, persistem, especialmente em comunidades onde práticas espirituais são vistas com desconfiança.

Diante desses desafios, é fundamental que haja mais investimento em iniciativas que promovam o acesso à meditação nas comunidades periféricas, bem como a sensibilização sobre os seus benefícios e práticas. Somente assim, poderemos aproveitar todo o potencial transformador dessa prática para promover uma cultura de paz, equilíbrio e bem-estar em todas as camadas da sociedade.

Em um mundo onde o ritmo acelerado da vida urbana muitas vezes nos afasta de nossa essência e nos desconecta uns dos outros, a prática da meditação nos lembra da importância de cultivar momentos de tranquilidade e introspecção. Nas periferias de Osasco e em muitas outras comunidades ao redor do mundo, mentes calmas estão florescendo e vidas estão sendo vividas com plenitude e significado.

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