Livros de Periferia que merecem mais reconhecimento a cada ano que passa e a cada evento que acontece no Brasil

 Livros de Periferia que merecem mais reconhecimento a cada ano que passa e a cada evento que acontece no Brasil

                                                                   

Livros

Os livros são objetos que trazem conhecimento e cultura para o ser humano, desde os livros escolares, acadêmicos e históricos até os romances, contos e novelas. Seja qual for o livro, ele sempre apresentará algo às pessoas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 52% das pessoas têm o hábito de ler. Aos que não têm esse hábito, quando perguntados sobre o motivo, alguns relatam “falta de tempo”, “não ter dinheiro para comprar livros” e “não tem paciência para leitura”. Com isso, muitos ainda não cultivam o hábito de ler livros por prazer.

Redes sociais e livros 

Com o avanço da tecnologia a cada ano, as redes sociais cresceram significativamente, motivando as pessoas a lerem de forma estratégica. Muitas vezes, leitores compartilham os livros que estão lendo no Instagram, fazem sorteios de livros no X (antigo Twitter) e até criam memes literários no TikTok. Isso influenciou outras pessoas a manterem o hábito da leitura e incentivou novos leitores por meio das postagens, inclusive criando desafios entre amigos pelo aplicativo conhecido como “a rede social do livro”, o Skoob. Com a ajuda das redes sociais, feiras literárias e sebos cresceram nas periferias, mostrando que os brasileiros estão adquirindo o hábito de leitura no dia a dia. Essa é a importância do incentivo e da criatividade, que atraem novas pessoas.

Livros de Periferias

Dentro de Periferias, existem várias riquezas literárias que não são tão conhecidas e que acabam passando despercebido pelos olhos dos leitores. Alguns exemplos de livros periféricos incluem “Eu sou favela”, de Paula Anacaona; “Saraus”, de Lucía Tennina; “Perifeminas – volumes I e II”, coordenados por Georgette Maloupas; “Quarto do Despejo”, de Maria Carolina de Jesus; “Cidade do Paraíso”, de Vagner de Alencar; “Muzimba”, de Akins Kintê, e muitos outros. Esses livros retratam trajetórias, histórias e verdades de pessoas que desejam apresentar suas origens. No entanto, essas obras acabam negligenciadas, pois parte da sociedade ainda não reconhece como a literatura brasileira pode abordar diversos assuntos e enriquecer o país.

Eventos e Prêmios

De certa forma, os livros periféricos conseguem obter reconhecimento em uma das maiores feiras literárias do país, a Bienal do Rio de Janeiro e São Paulo. Nelas, milhares de pessoas comparecem para conhecer autores, comprar livros e quadrinhos. Nas bienais, os autores têm a oportunidade de exporem seus livros pela primeira vez, em um processo longo, mas que, no final, proporciona diversas oportunidades aos autores.

O Prêmio Jabuti é o prêmio literário mais tradicional do Brasil, concedido pela Câmara Municipal do Livro (CBL), criada em 1959, e a cada ano contempla um vencedor. O escritor Ciano Buzz, criado na periferia de São Paulo, foi um dos finalistas do Prêmio Jabuti em 2022.

Dessa forma, é fundamental dar visibilidade aos livros brasileiros, especialmente aos livros periféricos, que contam histórias ricas e poderosas, com narrativas marcantes sobre suas origens e sentimentos. Incentivar esses artistas é necessário para que obras como essas nunca caiam no esquecimento e não desmotivem aqueles que ainda têm histórias a contar.

Pâmela dos Santos

Redatora do Jornal Aborda. Estudante de Jornalismo, com uma paixão imensa por comunicação e livros. Estuda de tudo um pouco, é uma amante de cinema e adora fotografar eventos e pessoas. Um dos maiores objetivos é levar a informação verdadeira ao mundo.

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