O açúcar é um importante alimento, fonte de minerais e vitaminas do complexo B, possui alto índice glicêmico capaz de fornecer muita energia, além de ajuda na produção de serotonina, hormônio responsável pela regulação do humor. Pesquisas revelam que as substâncias doces são capazes de estimular a parte do cérebro responsável pela sensação de prazer, tanto induzindo a liberação de endorfinas. Muitas vezes são utilizados como um calmante natural para TPM (Tensão Pré-Menstrual), ou como mecanismo de recompensa trazendo conforto psicológico a pessoas que passaram por algum problema emocional, servindo como um alívio da tensão.
Contudo, consumo em excesso pode causar diversas enfermidades como ganho de peso e surgimento de problemas vasculares. O alto índice de glicose no sangue aumenta os níveis de ácido úrico no sangue, favorecendo o aumento da pressão arterial e piorando as doenças inflamatórias como gota, artrite e artrose. Altera o ph da boca multiplicando as bactérias causadoras da cárie. Pode ocasionar craving, que é um transtorno associado a compulsão por alimentos doces. Aumenta a gordura no fígado. Causa o desequilibrando a flora intestinal, além de favorecer o aparecimento do diabete tipo 2.
Estudos indicam que os brasileiros consomem cerca de 55kg de açúcar por ano, quando o ideal seria ingerir no máximo 15kg. De acordo com a OMS para uma dieta de 2.000 calorias, deve-se consumir cerca de 50 gramas por dia, que equivale a 10 colheres de chá. Já a American Heart Association (AHA), indica no máximo 9 colheres de chá diárias para homens e 6 para mulheres.
O grande problema para reduzir o açúcar refinado da dieta, é que ele está na composição da maioria dos produtos industrializados. Ao verificarmos os rótulos, percebemos que até mesmo os produtos salgados como salgadinhos possuem doses de açúcar em sua formulação para realçar o sabor. Refrigerantes, bolos e outras guloseimas ultrapassam facilmente o limite diário de açúcar. Para se ter uma ideia, uma lata de refrigerante de 350 ml contém em média 37 gramas, equivalente a cerca de 7 colheres de chá de açúcar branco.
Outra dificuldade é identificar os diferentes nomes utilizados nos rótulos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer – INCA, o açúcar pode ser informado como: “açúcar invertido, açúcar turbinado, dextrose, dextrina, frutose, glicose, glucose, maltose, maltodextrina, oligossacarídeos, sacarose, xarope glucose-frutose, xarope de milho, entre outros”.
Veja no quadro abaixo quanto de açúcar há nos principais produtos:
Quadro 1: Quantidade de açúcar em determinadas bebidas industrializadas –
Fonte: reprodução do site Instituto Nacional de Câncer – INCA
Diabetes, tudo o que você precisa saber para se prevenir
O diabete é uma doença metabólica crônica, causada pela incapacidade de produzir insulina ou resistência à insulina que é a substância responsável pela regulação das taxas de açúcar no sangue.
Existem vários tipos de Diabetes: Pré-diabetes (quando há um aumento significativos de açúcar no sangue); Diabete gestacional (decorrente do ganho de peso durante a gestação); Diabetes tipo 1 (o corpo não produz insulina suficiente) e a Diabetes tipo 2 (o corpo tem resistência à insulina); Diabete tipo 3 (causado pelo Mal de Alzheimer).
Pré-diabete: Os níveis de açúcar no sangue, em um indivíduo saudável em jejum variam entre 70 a 100 mg/ld. Caso esse nível atinja entre 100 e 125 mg/ld, há risco maior de desenvolver diabetes. Se a pessoa sofrer de obesidade, hipertensão ou tiver histórico de diabetes na família é recomendável tomar cuidado redobrado evitar a doença.
Diabete Mellitus gestacional (DMG): O ideal é que a gestante ganhe apenas 9 kg durante o período de gestação, entretanto devido a maus hábitos alimentares, sedentarismo, ansiedade, estresse fisiológico e tensão nervosa e mudanças hormonais próprias deste período muitas mulheres acabam ganhando muito mais. Apesar de ser uma doença comum na gravidez pode causar grandes riscos a mãe e ao bebê. Sintomas: normalmente é assintomática, mas pode ter aumento do apetite, ganho de peso, sede e infecções urinárias frequentes. Tratamento: para evitar, é necessário fazer o pré-natal corretamente, manter uma alimentação saudável, exercícios físicos moderados sob orientação médica. Mulheres com sobrepeso ou histórico de doença na família são mais propensas. Em alguns casos pode ser necessário uma dieta específica ou o uso de medicamento como insulina. Este é o único tipo de diabete que pode ser revertido. Com o tratamento correto a mãe pode ter uma vida normal, após o parto.
Diabetes tipo 1: É considerada como uma doença autoimune, pois o sistema imunológico ataca as células do pâncreas fazendo com que ele não produza insulina suficiente. Sintomas: Sede e vontade urinar frequentemente. Fome, mesmo após as refeições. Perda repentina de peso, seguida de fraqueza constante. Enjoo e vômitos. Tratamento: Normalmente o tratamento é feito com aplicações injetáveis de insulina e controle da alimentação.
Diabetes tipo 2: resistência à insulina causada por diversos fatores, genéticos, ambientais, hábitos alimentares, entre eles consumo excessivo de açucares que pode sobrecarregar o pâncreas. Pessoas com sobrepeso, hipertensas, com triglicérides e colesterol alto são mais propensas. Sintomas: Aumento do apetite e muita sede. Formigamento e dormência nos membros inferiores e superiores. Idas repetidas ao banheiro para urinar e infecções no aparelho urinário. Dificuldade de cicatrização e redução do tempo de coagulação do sangue. Problemas e visão, como visão turva e glaucoma. Tratamento: costuma ser feito com medicamentos, dieta adequada e exercícios.
Diabete Tipo 3: É causada pela resistência à insulina no cérebro causada pelo Alzheimer. Diferente da diabete tipo 2, que a resistência ocorre no corpo todo, a diabete tipo 3 está relacionada à resistência na absorção da insulina pelo cérebro. Sintomas: problemas de cognição, perda de memória, mudança de humor, dificuldade de tomar decisões e manter a rotina normal. Tratamento: é feito através de medicamentos que melhoram a capacidade do cérebro de metabolizar a glicose.
De forma geral, 90% dos casos de diabetes são do tipo 2. De acordo com um artigo publicado na revista Research, Society and Development (2022), atualmente mais de 250 milhões de indivíduos convivem com o Diabetes Mellitus (tipo 2), segundo o Diabetes Federation, as projeções é que até 2025 sejam mais de 80 milhões pessoas com esta doença. No ranking mundial, o Brasil ocupa a 4ª colocação com maior incidência de casos, no país são mais de 13,7 milhões de pessoas com esta enfermidade.
Os perigos do açúcar
Os diabetes podem ocasionar sérias doenças em pessoas mais idosas. Nessa fase é comum sofrerem de rigidez muscular, dores nas articulações, rachaduras nos pés, sensação de peso nas pernas, pé diabético (úlceras nas pernas que formam pela má circulação), AVC e outros problemas vasculares.
O diabete se não tratado pode trazer sérios problemas arteriais. A doença arterial periférica diminui o fluxo de sangue para os pés. Um dos sintomas é a falta de sensibilidade nos membros inferiores que ficam mais suscetíveis a infecções, que podem levar à amputação.
Doenças dermatológicas também são comuns. É importante examinar os pés com frequência, pois o açúcar no sangue causa o ressecamento da pele criando rachaduras nos pés e calcanhares. Por isso, é importante usar calçados confortáveis que ajudem na circulação sanguínea e usar cremes hidratantes.
Estudos indicam que o excesso de açúcar no organismo pode causar dependência semelhantes a causada pelo uso de drogas como compulsão e perda do controle no consumo. O jornalista norte-americano Willian Dufty, resolveu investigar o açúcar branco e concluiu que o alto consumo de açúcar tem relação com transtornos do humor. Muitas pessoas com diabetes apresentam distúrbios psicológicos como ansiedade. Pessoas com diabetes tem duas vezes mais de chances de sofrerem de depressão. Segundo ele, a síndrome de “Sugar Blues” causa sintomas como enxaqueca, insônia, inflamação no corpo, inchaço corporal.
Diabetes também estão relacionados com doenças oculares como glaucomas, catarata. Além disso, também são registrados problemas como disfunção erétil e problemas de ejaculação, pois afeta a circulação sanguínea. Altas taxas de glicose também aumentam as chances de contrair infecções genitais.
No diabetes, algumas complicações são críticas e podem levar à morte. O coma diabético pode ser causado pela elevação excessiva (Coma hiperglicêmico) ou pela queda brusca do açucar (Coma Hipoglicêmico). Por isso, manter hábitos e estilos de vida saudáveis são a melhor forma de controlar e prevenir complicações da doença.
Fazendo as pazes com os doces
Ao contrário do que se imagina, na maioria dos casos os pacientes com diabetes podem consumir doces, desde que em pequenas quantidades, desde controlem os níveis de açúcar no sangue.
Para isso é necessário realizar uma reeducação alimentar. Carboidratos como pães e massas deve, ser consumidos em moderação. As frutas e sucos naturais possuem frutose que é um tipo mais saudável de açúcar, além de ser fonte de vitaminas e minerais necessários para nosso desenvolvimento.
Muitas vezes não percebemos o açúcar das frutas, pois nosso paladar está super estimulado com as altas doses de glicose dos produtos industrializados e ultraprocessados. O consumo de açúcar está diretamente ligado aos hábitos que adquirimos na infância.
Para aqueles que já tem dificuldade em largar o açúcar, o ideal é ir adaptando o paladar aos poucos, reduzindo gradualmente o açúcar. Substituindo por adoçantes naturais, como a sucralose, stevia ou xilitol.
A reeducação alimentar é muito importante para a melhoria da saúde dos indivíduos diabéticos. Seus parentes ou quem convive tem um papel crucial no apoio na adaptação de uma forma de vida mais saldável. Afinal, renunciar a uma sobremesa deliciosa quando todos a mesa continuam a consumir comidas com altas doses de açucares dificulta muito a recuperação.
Segundo o Guia Alimentar Para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, publicado pelo Ministério da Saúde: “O açúcar branco, mascavo, cristal, demerara, açúcar de coco, xarope de milho, melado ou rapadura também devem ser evitados nos primeiros anos de vida”. O mel de causar botulismo em crianças pequenas. A alimentação deve ser feita apenas com o aleitamento materno até os 2 anos de idade. Após essa fase, deve ser oferecida alimentos in natura como vegetais e frutas. Bebidas não devem ser adoçadas. Também é indicada a prática de atividade física.
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