Curtas brasileiros foram destaque em Mostra Cine do Sesi

Cena do curta-metragem “Boi de Conchas”. Foto: divulgação/Daniel Barosa.
Redação: Bianca Gabrielly dos Santos e Eloá Fernandes – Estudantes de Jornalismo da ESPM
O SESI-SP realizou, entre os dias 15 de abril e 1 de maio, mais uma edição da Mostra Cine — evento de valorização do cinema, que ocorreu diversas vezes ao longo do ano. A Mostra apresentou diferentes enfoques a cada realização; dessa vez, exibiu curtas-metragens brasileiros. Cada unidade do SESI exibiu as obras em datas específicas, divulgadas no site oficial da instituição em São Paulo. Na unidade de Osasco, a primeira exibição ocorreu no dia 23 de abril. Na quarta-feira, 30 de abril, a apresentação mostrou as obras A sombra da Terra (Marcelo Domingues), Boi de Cochas (Daniel Barosa) e Fixação (Kellen Casara), a partir das 10h.
A sessão de Fixação contou com um debate sobre o curta, que, segundo o site oficial, permitiu ao público descobrir e refletir a respeito das etapas de produção de conteúdos audiovisuais, ao mesmo tempo que desbravou e incentivou a produção e valorização do cinema brasileiro.
Matheus Cardoso, mediador cultural do SESI-SP, descreveu a curadoria dos curtas-metragens, em que os participantes passaram por três etapas de seleção e foram analisados cinco critérios, como relevância conceitual e temática (importância histórica, cultural e artística do projeto), aderência aos temas da contemporaneidade e histórico do artista, destacando-se a clareza do projeto.
O profissional também mencionou a importância da programação para o público jovem: “Esse contato com a cultura ajuda a criar novos sonhos, novos gostos e até novos projetos de vida. Quando criamos oportunidades de acesso à cultura, estamos também investindo em pessoas. É assim que ajudamos a construir uma sociedade mais rica em diversidade, mais consciente e mais humana”.
Um dos filmes exibidos, O Boi de Conhas, estreou no festival Sundance e foi qualificado para a categoria de Melhor Curta-metragem em Live Action no Oscar 2025. “Temos uma arte nacional rica e extremamente competente. Porém, às vezes, pecamos na divulgação. É essencial nossa juventude ter acesso à arte nacional para se inspirar. A arte alimenta arte”, disse Daniel Barbosa, diretor da obra.
O professor de Jornalismo e Audiovisual da ESPM-SP, André Deak, reforçou que o acesso à cultura é direito fundamental de todo cidadão. “Não há país ou lugar no mundo que não tenha na arte um lugar para memória de sua cultura, para fazer compreender o mundo, quem somos, para onde vamos. Contribui não apenas para a formação dos estudantes, mas de um povo todo”, comentou o docente.