A reciclagem e o Impacto Socioambiental

Os impactos ambientais e sociais da reciclagem são diversos e contribuem significativamente para a redução do consumo de matéria-prima, poluição do ar, água e do solo e ainda diminui a quantidade de lixo.

Ao reciclar materiais, podemos reduzir a extração de matérias-primas, como árvores e minerais, preservando os ecossistemas e evitando danos irreversíveis. Além disso, a reciclagem contribui para a redução da poluição e a mitigação das mudanças climáticas.

Movimento Ciclo Infinito Consciente 

Um ótimo exemplo de reciclagem é o da Samantha Alves, que aos 45 anos conquistou muita coisa em sua vida, e ainda ajudou o meio ambiente.

Em 2015 Samantha fundou o Movimento Ciclo Infinito Consciente, para apoiar os catadores e ativar a coleta seletiva no município. Começou fazendo reformas em praças e espaços públicos, porém sempre deixando uma mensagem sobre reciclagem.

Quando criança, se inspirou em Chico Mendes, que era ambientalista, sindicalista, seringueiro e símbolo da luta pela preservação da Amazônia. Infelizmente foi assassinado pelos donos de terras opositores à sua luta.

Como Mendes, Samantha queria lutar pelo meio ambiente, no entanto, a vida é uma caixinha de surpresas e acabou que esse sonho não se concretizou. Porém em 2018, depois de um processo de depressão, queria encontrar um sentido para sua vida, um proposito.

Foi aí que decidiu se dedicar a reciclagem de maneira integral, e começou o seu processo de recolher materiais recicláveis pelas ruas de Osasco-SP. A partir daí se dedicou 100% a coleta seletiva.

Conquistas com a reciclagem

Em janeiro de 2023 decidiu que iria viver da reciclagem, deixou o trabalho em que estava e abriu uma MEI (micro empresa individual) de artesanato.

Começou a desidratar capim para colocar em vasos, utilizando um método que aprendeu com uma moça chamada Giovana. No entanto, quando olhava para os vasos, sentia que faltava alguma coisa.

Foi então que começou a procurar flores de eventos e festas de casamentos que não iriam ser utilizadas mais e também reutilizava flores que eram descartadas no CEASA (Centrais de Abastecimento), que são empresas que organizam a comercialização de produtos hortigranjeiros no atacado (as Ceasas podem ser estatais ou de capital misto).

Esse ano de 2024, Samantha já reciclou 800 buquês de flores com materiais retirados da natureza, 40 toneladas de papelão e 18 toneladas de pet. Materiais esses que deram forma à várias peças artesanais lindas.

Hoje Samantha tem uma loja colaborativa de artesanato sustentável e artesanato feminino, onde várias artesãs podem guardar seus materiais.

Uma de suas paixões é ser palestrante de ESG ( é a sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, que em português significa Ambiental, Social e Governança).

Além de todas essas atividades, esse ano fez cursos na universidade UNICATA (Uma universidade com e para catadores, onde trabalhadores informais participam de oportunidades educacionais e de treinamento em diversos tópicos relacionados à responsabilidade social, empreendedorismo, gestão de resíduos, economia circular e muito mais para promover meios de vida sustentáveis). Nessa Universidade apresentou seu TCC que era um jornal comunitário, onde fez uma reportagem sobre artesanato sustentável.

Assim como Samantha existem várias outras pessoas que tem como empreendimento, a visão de um futuro voltado aos impactos socioambientais, pois a natureza é fonte do ar que respiramos, da água que bebemos, da comida que consumimos, do combustível que utilizamos e de todas as matérias primas dos produtos que usamos todos os dias. É a partir do meio ambiente que obtemos todos os recursos necessários para a sobrevivência humana e de todos os outros seres vivos.