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A importância da mulher realizar o preventivo anualmente (Papanicolau)

O exame é uma das maneiras de detectar o câncer no colo do útero

É um teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero. Este exame também pode ser chamado de esfregaço cervicovaginal e colpocitologia oncótica cervical.

O nome “Papanicolaou” é uma homenagem ao patologista grego Georges Papanicolaou, que criou o método no início do século XX. Esse exame é a principal estratégia para detectar lesões precocemente e fazer o diagnóstico da doença bem no início, até mesmo serve para detectar fungos e bactérias quando a mulher começa a apresentar algum sintoma na região vaginal.      

Aproximadamente 80% das mulheres realizam o Papanicolau todos os anos, sendo possível reduzir em 60 a 90% a incidência do câncer no colo do útero. Enquanto 20% das mulheres nunca realizaram o exame e 30% fizeram o exame pelo menos uma vez na vida. É o que apontam os dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), em um estudo feito em 2020 durante a pandemia da Covid-19. O preventivo é indicado para diagnosticar alguns casos descritos:

Detecção precoce do câncer no colo do útero: O exame pode identificar alterações nas células cervicais que podem levar ao câncer, permitindo tratamento precoce e aumentando significativamente as chances de cura. 

Prevenção do câncer: O câncer no colo do útero é altamente prevenível e tratável quando detectado precocemente. O Papanicolau é uma ferramenta vital nessa prevenção.                            

Identificação de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): O exame também pode detectar infecções como o HPV, que está fortemente associado ao desenvolvimento de câncer cervical.                              

Monitoramento de condições pré-cancerosas: O Papanicolau pode identificar alterações nas células cervicais que ainda não são cancerosas, mas que podem se tornar cancerosas no futuro. Isso permite o monitoramento e tratamento precoces, evitando a progressão para o câncer.

Aconselhamento sobre saúde sexual: O exame oferece uma oportunidade para as mulheres discutirem questões de saúde sexual com seus médicos, incluindo métodos de prevenção de ISTs e métodos de contracepção.

Dra Albertina Duarte Takiuti, Ginecologista e Obstetra graduada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de SP (PUC), explica que o exame é até capaz de diagnosticar alguma anormalidade na região íntima da mulher.

“O Papanicolau indica também se há pouco estrógeno ou atrofia, que significa presença de bactérias e fungos. O exame é de extrema importância, pois é o primeiro passo no diagnóstico de células malignas ou benignas e, sendo prevenção para o câncer de colo de útero”, explica.                                        

A médica ressalta que a orientação do Ministério da Saúde, o recomendado é que as mulheres com idade de 25 a 65 anos que tem vida sexual ativa realizem o preventivo anualmente, em alguma unidade de saúde próxima de casa. Pois nessa faixa etária, o aumento de doenças com o HPV, por exemplo, costuma aparecer com frequência logo após quando a mulher tem a sua primeira vez. 

“Como ginecologista, índico a partir de seis meses após o início do relacionamento sexual. Sempre levando em consideração que lesões suspeitas mesmo pequenas demoram a se manifestar, podendo até ser transformadas em malignas entre cinco e dez anos”, afirma.

 Algumas orientações são lembradas por Dra Albertina, antes do exame como não ter relações sexuais três dias anteriores e nem no dia de colher o preventivo, não usar pomada e, não estar menstruada. Pois pode apresentar lesões no resultado, alteração ou alguma infecção vaginal.  

Para a mulher no qual irá realizá-lo pela primeira vez, a ginecologista dá algumas dicas para o nervosismo não tomar de conta no dia.  

“Antes de tudo estar relaxada pois é necessário estar em posição ginecológica, onde coloca um aparelho chamado espéculo de plástico e descartável. Em seguida, o material colhido é retirado do colo uterino e colocado em um frasco com líquido ou lamina para ser feita a análise, podendo ocorrer um pequeno sangramento por alguns segundos, o exame é indolor”, orienta. 

Dra. Albertina ainda lembra, o exame pode ser feito até em mulheres que nunca tiveram relação sexual, usando um espéculo virgem porque é o mais aconselhado nessa ocasião

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