O papel feminino na educação em sociedade se destaca nos últimos anos
A educação liderada por mulheres nas periferias tem sido uma força vital para o desenvolvimento dessas comunidades. Embora possam variar de acordo com o contexto geográfico e cultural, há algumas tendências gerais que destacam o impacto positivo dessa liderança. Tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento social, econômico e cultural do país. Ao longo das últimas décadas, as mulheres têm ocupado posições de destaque em todos os níveis.
Em muitas regiões brasileiras, as mulheres superam os homens em termos de participação no setor educacional. Isso inclui desde o corpo docente até a administração escolar e liderança em organizações educacionais comunitárias.
Embora a liderança escolar feminina em áreas periféricas possam ser limitados, estudos em países como os Estados Unidos e o Reino Unido, mostram um aumento gradual na proporção de diretoras de escolas.Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos (EUA), em 2015-2016, aproximadamente 52% dos diretores de escolas públicas eram mulheres.
Em muitos países, elas superam os homens em termos de participação no setor educacional. Por exemplo, dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), indicam que em 2018, mais de 60% dos professores do ensino primário em todo o mundo eram mulheres.
Mulheres que ocupam posições de liderança na educação servem como modelos de papel inspiradores para jovens meninas e mulheres nas comunidades periféricas. Isso pode ter um efeito multiplicador, incentivando mais mulheres a buscar a educação e a se envolver em iniciativas educacionais.
Para Margareth Garcia da Silva, pesquisadora e economista pela Universidade de São Paulo (USP), a força do feminismo vem dominando mais da metade do mundo todo e, na educação periférica, sendo um ato de amor e carinho ao educar crianças e jovens.
“Hoje a mulher dominou o seu espaço na educação brasileira, vemos tantas guerreiras que dão o melhor de si, muitas vezes honrando a própria camisa da área sendo professora e pedagoga, por exemplo. Vejo também, sendo aos olhos de muitos, oportunidades para adquirir experiências dentro do mercado de trabalho”, afirma.
Segundo Margareth, o papel feminino na educação pode contribuir significativamente para o desenvolvimento social e econômico das comunidades periféricas. Uma educação de qualidade liderada por mulheres pode resultar em melhores oportunidades de emprego, redução da pobreza, melhoria da saúde e empoderamento geral das comunidades.
“Em muitas comunidades periféricas, as mulheres desempenham um papel central na liderança de iniciativas educacionais e programas comunitários. Essas iniciativas frequentemente visam abordar desafios específicos enfrentados por essas comunidades, como acesso limitado à educação, pobreza e desigualdade de gênero”, explica.
A presença de mulheres na liderança educacional tem trazido uma série de benefícios tangíveis. Em primeiro lugar, as mulheres líderes muitas vezes trazem uma abordagem mais inclusiva e empática para a tomada de decisões, o que pode levar a ambientes escolares mais acolhedores e equitativos. Além disso, a diversidade de perspectivas que as mulheres trazem para a mesa contribui para a inovação e a criatividade na formulação de políticas educacionais.
Margarida Guedes Costa dos Santos, pedagoga e psicóloga formada pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e, atualmente, lidera o grupo periférico “Aliança feminina pela Educação”, explica que o objetivo é trazer mulheres que não conseguiram uma posição no mercado de trabalho a levarem seu legado nas periferias e nunca desistirem dos seus sonhos.
“Pensamos nas mulheres que se formam na faculdade e não conseguem sequer uma colocação no mercado de trabalho, ou mesmo trabalham e não são reconhecidas. Oferecemos todo apoio como palestras, cursos preparatórios e treinamento. Para que elas possam se sentir acolhidas e reconhecidas pelo papel tão do qual é o de ensinar”, explica.
Ainda de acordo com Margarida, às periferias do Brasil são vistas como uma excelente oportunidade para quem deseja começar a atuar na área da educação sendo professora, pedagoga, secretária ou até mesmo diretora. Porque vai adquirindo experiência e sendo uma grande ajuda na hora de procurar um emprego através da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
“Os trabalhos voluntários são uma forma bacana de colocar a mão na massa e ir atrás de conhecimentos. Onde começa tudo, pois muitos ignoram mas é por aí as melhores experiências vem, você pode agarrar essa incrível oportunidade seja ela para atuar em Ongs não-governamentais e grupos educativos organizados pelas prefeituras, são alguns exemplos. Sem falar que pode ser um grande peso no currículo na hora de procurar emprego”, destaca.
No entanto, apesar dos avanços, ainda há desafios a serem enfrentados para garantir uma representação mais equitativa das mulheres na liderança educacional no Brasil. Barreiras como preconceitos de gênero, disparidades salariais e dificuldades para conciliar vida profissional e pessoal continuam a existir e precisam ser abordadas de forma decisiva.
Em suma, a educação liderada por mulheres no Brasil é uma força poderosa para a mudança positiva. À medida que mais mulheres ocupam posições de liderança no campo da educação, o país está melhor posicionado para enfrentar os desafios do século XXI e garantir um futuro mais igualitário e próspero para todos os seus cidadãos.
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