Tempo de tela é prejudicial ao sono, apontam pesquisas

Há pouco mais de dez anos, os dispositivos inteligentes têm entrado e integrado à vida cotidiana das pessoas, o que acabou provocando mudanças quase que imperceptíveis no dia a dia da população. E, mesmo que não pareça, quanto mais smartphones e outros dispositivos são usados, pior a qualidade do sono se torna.

De acordo com a professora Bruna Del Vechio Koike, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), quanto mais as pessoas ficam em frente à tela do celular, tablet ou televisão durante o período da noite, o corpo reduz a produção do hormônio melatonina – também conhecido como “hormônio do escuro” – o qual  tem a função de “preparar” o corpo para a hora de dormir.

A luz constante emitida pelos dispositivos eletrônicos, segundo a professora, faz com que o cérebro do indivíduo perca a noção de mudança de claro para escuro ao longo do dia, retardando o início do sono. Um sono de má qualidade pode vir a prejudicar o metabolismo do corpo e na eliminação de determinados hormônios, além de afetar a saúde mental e emocional do indivíduo.

Um estudo da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), realizado em 2017, aponta que a boa qualidade do sono pode ser mantida caso o indivíduo estabeleça um limite de até três horas por dia no uso de dispositivos eletrônicos, como TVs e smartphones. No entanto, a pessoa também deve buscar dormir entre sete e nove horas por noite para manter a boa concentração, metabolismo e aptidão mental ao longo do dia.

Métodos para aproveitar o sono

Em entrevista ao jornal britânico BBC, a terapeuta Kat Lederle comentou que para regular o relógio biológico é recomendável que as pessoas busquem se expor mais à luz natural. Além disso, a terapeuta também recomenda que as pessoas separem um momento do dia para realizar uma atividade que considerem relaxante e prazerosa, o que pode estimular melhor o sono à noite.

A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as pessoas criem um hábito de sono, como definir que horas parar de usar o celular, realizar atividades mais intensas durante o dia e buscar atividades relaxantes pouco antes do horário de dormir.