Empreendedores Invisíveis: o papel econômico das periferias no desenvolvimento nacional

O empreendedorismo periférico tem se consolidado como uma força econômica significativa para a economia do país, impulsionando a geração de renda e promovendo transformações sociais nas comunidades.
De acordo com dados do Data Favela, 76% dos moradores de favelas no Brasil têm, já tiveram ou desejam ter um negócio próprio. Desses, 50% se consideram empreendedores, e 41% já possuem um empreendimento . A pesquisa revela que muitos iniciam seus negócios por necessidade: 57% o fizeram por falta de outras alternativas de renda.
No estado de São Paulo, empreendedores de baixa renda, majoritariamente residentes em comunidades periféricas, movimentam aproximadamente R$ 61 bilhões por ano. Esses empreendedores pertencem às classes CDE, com renda média mensal de R$ 1.497. A maioria é composta por negros (68%), chefes de família (71%) e pessoas com até o ensino fundamental completo (53%) .
Em São Paulo, iniciativas como o G10 Favelas têm promovido o desenvolvimento econômico e social, implementando projetos de agricultura urbana e capacitação profissional, contribuindo para a sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida nas comunidades
Apesar do dinamismo, os empreendedores enfrentam desafios significativos. A principal dificuldade apontada é a obtenção de capital para investir no próprio negócio, mencionada por 40% dos respondentes. Outros obstáculos incluem a falta de equipamentos adequados e a má gestão financeira.
O empreendedorismo nas favelas paulistas representa uma potência econômica em ascensão, com impacto significativo na geração de renda e na transformação social das comunidades. Com políticas públicas adequadas e investimentos direcionados, é possível potencializar ainda mais esse movimento, promovendo inclusão, desenvolvimento e redução das desigualdades.