Vida Além do Trabalho
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Vida além do trabalho
Por Emanuel Lima
Iniciativa que busca melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, o movimento “Vida Além do Trabalho” gera desafios e incertezas. A proposta, destacada pelo influenciador Ricardo Azevedo, tem adeptos em muitas áreas. Diminuir a escala de trabalho de 6×1 para 4×3 tem seus prós e contras. Vamos a eles:
Prós
- Melhoria na qualidade de vida: Os trabalhadores terão mais tempo para descansar e se dedicar a atividades pessoais;
- Aumento da produtividade: Trabalhadores descansados tendem a ser mais produtivos;
- Redução do estresse: Menos dias consecutivos de trabalho podem diminuir o estresse e o burnout.
Contras
- Resistência das empresas: Algumas empresas podem resistir às mudanças devido ao aumento de custos operacionais;
- Impacto econômico: A redução da jornada de trabalho pode ter implicações econômicas significativas, especialmente em pequenas empresas.
Impacto em Osasco
A redução da escala de trabalho pode ser um grande desafio para pequenas empresas. Osasco tem um ambiente favorável ao investimento e empreendedorismo, mas mexer na mão de obra é complicado. Os custos envolvidos, principalmente para pequenos negócios em crescimento, podem dificultar as coisas.
Atração de investimento
Empresas que valorizam o bem-estar dos trabalhadores podem continuar investindo na cidade. No entanto, todas as empresas visam lucro, e os custos para varejistas podem aumentar ou os salários podem diminuir. Em escritórios e áreas de produção intelectual, pode não fazer diferença, mas no varejo, os impactos serão imediatos.
De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil chegou a 8% em 2023. Porém, nas periferias e favelas, esses índices tendem a ser significativamente maiores. De acordo com a matéria “Desemprego nas periferias cresce mesmo com alta de 8,72% nas contratações em Osasco“, de Luísa Scandorilli, apesar do aumento nas contratações, o desemprego nas periferias continua a ser uma preocupação.
Proposta de emenda à constituição
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que obteve apoio de muitos deputados da esquerda e aumentou o debate sobre o tema nas redes sociais. A proposta visa alterar o artigo 7º da Constituição, reduzindo a jornada de trabalho para quatro dias por semana e 36 horas semanais, em vez das 44 atuais.
A proposta ganhou destaque nas redes sociais, especialmente após o influenciador Ricardo Azevedo, criador do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), compartilhar um vídeo que viralizou, denunciando as condições de trabalho no Brasil. O movimento rapidamente ganhou apoio popular, com um abaixo-assinado que já conta com mais de 1,4 milhão de assinaturas.
No entanto, a proposta enfrentou resistência significativa da direita brasileira. Críticos argumentam que a PEC foi apresentada sem estudos suficientes sobre seus impactos econômicos e sociais. A deputada Caroline De Toni (PL-SC), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, expressou abertamente sua oposição à proposta, o que pode dificultar seu avanço na comissão.
A deputada Erika Hilton, por outro lado, defende que a redução da jornada de trabalho é uma necessidade urgente para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros. Ela argumenta que a escala 6×1 é desumana e prejudica a saúde física e mental dos trabalhadores, além de afetar negativamente a produtividade e a economia do país.
A PEC ainda precisa de 171 assinaturas para ser protocolada e iniciar sua tramitação no Congresso Nacional. Até agora, Erika Hilton conseguiu cerca de 90 assinaturas, pouco mais da metade do necessário. A deputada continua a buscar apoio, destacando que a mudança proposta reflete um movimento global em direção a modelos de trabalho mais flexíveis e adaptados às novas realidades do mercado de trabalho.
Futuro do movimento
O movimento “Vida Além do Trabalho (VAT)” representa uma iniciativa significativa para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, propondo a redução da escala de trabalho de 6×1 para 4×3. Embora a proposta tenha seus prós, também enfrenta desafios.
Em Osasco, uma cidade com um ambiente favorável ao investimento e empreendedorismo, a implementação dessa mudança pode ser particularmente desafiadora para pequenas empresas. No entanto, a atração de investimentos de empresas que valorizam o bem-estar dos trabalhadores pode compensar esses desafios, desde que sejam adotadas medidas para mitigar os custos operacionais.
A proposta da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) para alterar a Constituição e reduzir a jornada de trabalho para quatro dias por semana e 36 horas semanais reflete um movimento global em direção a modelos de trabalho mais flexíveis. Apesar da resistência significativa da direita brasileira e da necessidade de mais assinaturas para protocolar a PEC, o debate sobre a escala de trabalho 6×1 continua a crescer, impulsionado pelo apoio popular e pelas redes sociais.
O futuro do Movimento VAT dependerá da capacidade de seus defensores de mobilizar apoio político e social para promover mudanças na legislação trabalhista. Estudos sobre o impacto devem ser feitos, mas independentemente do resultado, o movimento já conseguiu trazer à tona uma discussão crucial sobre as condições de trabalho e a necessidade de um equilíbrio melhor entre vida profissional e pessoal.