Expressões Urbanas: O Poder Transformador do Hip Hop nas Periferias de Osasco

 Expressões Urbanas: O Poder Transformador do Hip Hop nas Periferias de Osasco

Matéria produzida em coautoria com Thony Azevedo, também redator do jornal aborda

Esta é a primeira parte de uma série de duas matérias que abordam alguns movimentos nas Periferias de Osasco, como o Hip Hop nas escolas.

História

O Hip Hop, é um gênero de música popular originado nos subúrbios negros e latinos de Nova Iorque, desenvolvido por afro-americanos no bairro do Bronx, em Nova York, na década de 1970. Esse estilo musical consiste em ritmos estilizados que é o rap, um canto rítmico e rimado.

Após anos, o Hip Hop começou a se espalhar pelo mundo, mostrando sua diversidade e dando origem a artistas de diversas nações. No Brasil, surgiu em 1980, tendo São Paulo como berço desse movimento, recebendo encontros na Rua 24 de Maio e na estação São Bento, de onde surgiram famosos como os Racionais.

Expressões Urbanas

Sendo notoriamente reconhecido em várias regiões, o Hip Hop cresceu e se tornou uma profissão para aqueles que desejavam expandir e apresentar a nova geração importância do Hip Hop, principalmente nas escolas. “É um trabalho que traz muitas responsabilidades, preparo, atenção e quebra de olhares, pois existe muita resistência e preconceito com o Hip Hop. Seguimos o planejamento pedagógico com as linguagens MC, breaking, DJ, grafite e conhecimento. Aguçamos a história dos 50 anos do Hip Hop no mundo, 40 anos no Brasil e minhas vivências de 29 anos de amor, suor e luta pelo Hip Hop, buscando mais acessos e oportunidades profissionais, despertando a leitura e a escrita”, aborda Denilson, professor de Hip Hop (conhecido por mano Iyee). O Hip Hop ainda é um tabu em muitos ambientes devido a discriminação. “Acredito que pela falta de conhecimento mesmo. Ainda somos mal vistos, mas as oficinas e o trabalho pedagógico e social estão quebrando barreiras”, comenta mano Iyee.

Muitas pessoas enfrentam o tabu ao ouvir e dançar Hip Hop, devido ao preconceito e ao conservadorismo. Algumas pessoas mais velhas questionam a vantagem de ensinar isso em ambientes educacionais, como escolas, para os filhos, netos e outros. mano Iyee explica: “As escolas precisam de apoio, pois não estão conseguindo dialogar com nossas crianças e adolescentes. Principalmente a escuta e audição, o Hip Hop tem esse papo reto onde contamos a verdadeira história de nossas ancestralidades, que o crime e as drogas é um caminho de dor e sofrimento, que nada que vem fácil é duradouro e cada ação gera suas consequências. Que o caminho do bem, da seriedade e dedicação aos estudos precisa de foco, meta e objetivos. Graças a alguns projetos da Secretaria de Cultura de São Paulo e Osasco, incentivamos as crianças e adolescentes, a juventude, a chegar aonde quiserem e serem quem sonham com muita educação” compartilhou mano Iyee

A educação não se limita apenas às disciplinas tradicionais e se estende de diversas maneiras, motivando as pessoas a ajudarem umas às outras, muitas vezes enfrentando dificuldades ao longo do caminho. “Pelos preconceitos que sofri, por cada ‘não’ que ouvi, por muitas falácias de que era música de favelado, entrei na faculdade e faço educação física. Tenho muito orgulho de sair do barraco da Mil e Dez e parar no seriado “Sintonia” e “Pico da Neblina”, na HBO, de ter gravado com Rappin Hood, Facção Central. E, este ano, pela primeira vez, o Hip Hop 2024 estará no ‘Recreio nas Férias’. É uma honra ser o pioneiro desse feito. Almejo mais portas abertas aos fazedores da cultura Hip Hop”, compartilhou mano Iyee

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Conclusão

Assim, o Hip Hop se torna conhecido não só nas ruas, apresentações, filmes, séries, teatro, mas acaba sendo inserido nas escolas e ambientes educacionais, mostrando os valores culturais e a importância de conhecer, respeitar e reconhecer o trabalho de pessoas que se dedicam a mostrar a importância do Hip Hop no país e como é possível quebrar tabus e preconceitos da sociedade.

Pâmela dos Santos

Redatora do Jornal Aborda. Estudante de Jornalismo, com uma paixão imensa por comunicação e livros. Estuda de tudo um pouco, é uma amante de cinema e adora fotografar eventos e pessoas. Um dos maiores objetivos é levar a informação verdadeira ao mundo.

7 Comments

  • Chegar às periferias é chegar em um mundo muitas vezes ignoradonou esquecido.
    O jornal nós faz ser visto.
    Obrigado 🌹

  • Gratidão máxima pelo profissionalismo pela oportunidade e a socialização da cultura do movimento Hip Hop, Obrigado projeto Base, Todos que cobriram e matéria, aos reportes, a toda equipe técnica muito obrigado #hiphopnasescolas #projetobase #somandonaquebrada #saraucomposiçãourbana #ideologiafatal

  • Gratidão máxima pelo profissionalismo pela oportunidade e a socialização da cultura do movimento Hip Hop, Obrigado projeto Base, Todos que cobriram e matéria, aos reportes, a toda equipe técnica muito obrigado #hiphopnasescolas

  • Gratidão máxima pelo profissionalismo pela oportunidade e a socialização da movimento Hip Hop, Obrigado projeto Base, Todos que cobriram matéria, aos reportes, a toda equipe técnica muito obrigado #hiphopnasescolas

  • Muito bem!! Parabéns pela verdade que é o trabalhado do Hip Hop e o jornalismo verdadeiro!! Viva a cultura Hip Hop!!!

  • Parabéns pela matéria a todos idealizadores e criadores. Pois vocês estão sendo a ponte que fará o povo ter acesso a informações que por muitos e por várias razões são ignoradas. E especialmente a você Mano Lyee, por ser o protagonista dessa história da vida real, que é cantada, contada através de versos e rimas mas que relatam o retrato da vida real nas periferias. O desejo do meu coração é que: muitas crianças e jovens possam ter sua a trajetória de suas vidas mudadas através desse acesso a cultura Hip Hop que você está proporcionando através de seus ensinamentos, vivências e suas próprias experiências de vida. Todo saber, conhecer e aprender é genuíno e o conhecimento adquirido pertence a cada um e isso ninguém poderá tirar, de nosso coração e muito menos de nossas mentes. Parabéns!!!

  • A melhor coisa do jornalismo, é a verdade. Ainda tem muitos tabus a serem quebrados, a respeito da cultura negra, porém me alegro a ver a verdade sendo exposta, mostrando que arte, música e estilo estão presentes no hip-hop, como estão em outros lugares também. Fico feliz por quebrarem a ideia de que esse estilo se refere a algum tipo de ligação com o crime, enquanto a verdade é BEM DIFERENTE. Parabéns pela matéria!

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